Mulher presa disse
à polícia que conhecia a vítima desde a época da escola. Pâmella foi encontrada
morta com um corte na barriga dentro do banheiro de casa nesta quarta-feira
(17) na comunidade Nova Holanda, em Macaé. Suspeita levou o bebê para uma UPA e
disse que teve um parto em casa.
A família da jovem Pâmella Ferreira
Andrade Martins, de 21 anos, que estava grávida de oito meses e
morreu após ter a barriga cortada e o bebê arrancado, disse que
a vítima e a suspeita de cometer o crime se conheceram pelas redes sociais e
mantinham uma amizade há poucos meses. Na delegacia, a presa deu outras versões
e disse que conhecia a vítima desde a época da escola.
A mãe da vítima disse que a suspeita
teria feito contato com Pâmella pelas redes sociais e então começaram uma
amizade.
"Nós tivemos informações de que
ela já tinha feito contato com outras meninas tentando fazer isso, procurando
um alvo. Só que as outras não caíram. Minha filha, por bondade, achando que ia
ter uma nova amizade acreditou nela e ela fez o que fez com minha filha",
disse a mãe de Pâmella, Marta Ferreira.
A irmã de Pâmella chegou em casa
procurando ela, mas não a encontrou. A irmã viu uma mancha de sangue na sala
que ia até o banheiro. Quando chegou no banheiro, viu a vítima no chão, já
morta.
"Foram arrastando ela do quarto
até o banheiro. A porta da sala estava trancada, precisamos arrombar, mas a do
banheiro tava aberta. Comecei a gritar, meu pai veio. Aí o pessoal chamou a
polícia, depois a ambulância chegou lá", contou a irmã, Natália Ferreira.
A suspeita foi presa depois de dar
entrada na UPA com o bebê já morto.
O delegado que investiga o caso,
Márcio Caldas, disse que a suspeita apresentou outras versões do caso.
"A notícia chegou primeiro de
que uma mulher narrava que teve um filho em casa e teria levado na UPA mas a
criança já estava morta. A UPA encaminhou a mulher para o hospital. No
hospital, detectaram que ela nunca esteve grávida. A partir daí que chegou a
desconfiança de que, no mínimo, haveria uma 'adoção à brasileira', quando
alguém quer dar um parto alheio como próprio", disse o delegado.
Segundo o delegado, na delegacia ela
não sustentou o que alegou no hospital.
"Na delegacia ela não disse que
teve o bebê. Ela disse que encomendou a criança a uma pessoa que ela conheceu.
Eu questionei a versão que ela deu na UPA e aí história foi ficando mais
macabra", afirma Márcio Caldas.
A família disse que elas se
conheceram nas redes sociais, mas ao delegado, a mulher presa afirmou que já
conhecia Pâmella desde pequena.
"Em dado momento ela disse que
tinha encomendado a criança mas não imaginava que fosse matar alguém pra
conseguir essa criança. E achou que a intermediária ia pegar de uma pessoa que
não teria condições de criar a criança. Eu falei que a criança era de uma
grávida que foi morta no Nova Holanda.
Questionei se ela conhecia a vítima,
ela disse que conhecia e que estudaram juntas desde a época da escola",
continuou o delegado.
O delegado disse ainda que a polícia
encontrou provas de que a presa esteve na casa da vítima no dia do crime.
"Ao fazer uma busca na bolsa da
autora, encontramos um cartão de motorista por aplicativo cheio de sangue e
encontramos uma chave.
Quando policiais civis foram até a
casa da vítima, perceberam que a chave abria o cadeado e o portão de entrada da
casa da vítima".
A polícia ainda investiga se a presa
matou a gestante ou se ela de fato encomendou a criança e se teve a
participação de outra pessoa no crime.
Fonte: G1
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