Um homem foi condenado por homicídio, após causar a morte da própria esposa, ao lhe transmitir o HIV. De acordo com o Tribunal do Júri da Comarca de Araranguá, em Santa Catarina, ele deverá cumprir uma pena de 12 anos de reclusão, já que sabia que possuía a doença, assumiu o risco de a transmitir à mulher e nunca a comunicou sobre a necessidade de buscar acompanhamento médico.
O fato ocorreu na cidade de Araranguá (SC). Segundo o Ministério Público de Santa Catarina, réu e a vítima foram casados por 10 anos, e o homem sabia que era soropositivo desde 2003, mas não comunicou à esposa e manteve relações sexuais com ela sem preservativo.
Diante dessa informação, o júri entendeu que ele sabia que poderia contaminá-la e, com isso, assumiu o risco de provocar sua morte. A vítima morreu em 2013, em decorrência de complicações causadas pela Aids, que contraiu ao longo dos anos de relacionamento, por desconhecer os riscos que estava exposta pelo marido e, devido a isso, não ter procurado o tratamento adequado.
Inicialmente, a pena do réu deverá ser cumprida em regime fechado. Mas, na sentença, o juiz concedeu a possibilidade de o réu recorrer em liberdade, já que ele permaneceu solto durante o processo.