A nova onda de casos de covid-19 vem crescendo no Brasil desde a identificação da subvariante BQ.1, da linhagem Ômicron do coronavírus [Sars-Cov-2]. A nova cepa tem sido responsável pelo aumento de contágios nos Estados Unidos e Europa.
No Brasil, ao menos cinco estados identificaram a mutação, que ainda não chegou à Bahia, mas já preocupa especialistas. Além disso, em território baiano foi registrada a subvariante BA.5 do vírus.
Dados dos últimos três meses da Central Integrada de Comando e Controle de Saúde da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) apontam que foram confirmados 31.150 casos de covid-19 no estado nesse período.
Desde o começo da pandemia, em março de 2020, o estado registrou 1.706.611 casos da doença.
Para a infectologista Fernanda Grassi, os números só reforçam a necessidade de atenção máxima com as mutações frequentes do coronavírus.
“A covid nunca foi embora. Houve controle da pandemia porque as pessoas se vacinaram e a circulação diminuiu. Mas estamos vivendo ainda a pandemia, ela não acabou”, ressalta a especialista.
A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda não mudou o status da doença de pandemia [quando uma epidemia atinge escala global] para epidemia sazonal ou mesmo doença endêmica, quando ocorrem surtos em determinados períodos, como acontece, por exemplo, com a dengue no verão.
Com casos de covid-19 registrados em todos os municípios baianos, Grassi aponta que não há como classificar a covid-19, ainda, como doença sazonal, uma vez que o vírus nunca parou de circular.
(Correio*)