Polícia Federal desarticula esquema de fraudes bancárias e lavagem de dinheiro na Bahia

Operação cumpriu mandados em Salvador e Vitória da Conquista e identificou movimentações milionárias ligadas a crimes financeiros

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (13), a Operação Worms 2  “Não Seja um Laranja”, que teve como foco o desmantelamento de um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias e lavagem de dinheiro. As ações ocorreram simultaneamente em Salvador e Vitória da Conquista, com a participação de 52 agentes federais

De acordo com a corporação, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, 23 medidas cautelares e um mandado de prisão preventiva, todos expedidos pela Justiça Federal. A ofensiva integra a Força-Tarefa Tentáculos, que atua em parceria com instituições financeiras para combater crimes cibernéticos e desvios de recursos bancários.

As investigações tiveram início em 2022, durante as operações Worms e Não Seja um Laranja, e revelaram que o grupo havia estruturado um complexo sistema de lavagem de capitais. Os suspeitos movimentavam valores ilícitos por meio de contas de laranjas, instituições de pagamento, plataformas de apostas online e criptomoedas, visando mascarar a origem dos recursos desviados de bancos, incluindo a Caixa Econômica Federal.

Relatórios de inteligência financeira indicam movimentações superiores a R$ 6,9 milhões entre 2023 e 2024, com projeções que podem chegar a R$ 20,9 milhões em cinco anos. Parte dos valores, segundo a PF, pode ter relação com o tráfico de drogas, o que amplia o alcance das investigações.

Além das medidas judiciais, foram bloqueadas contas bancárias e ativos financeiros pertencentes aos investigados, em uma tentativa de desestruturar financeiramente a organização criminosa. Os crimes apurados incluem furto qualificado, estelionato majorado e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 30 anos de prisão.

A Polícia Federal aproveitou a ocasião para alertar a população sobre os riscos de emprestar ou ceder contas bancárias para movimentações suspeitas, prática que, segundo a corporação, “favorece a atuação de grupos criminosos e gera prejuízos expressivos à sociedade”.

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