Rua de pobre
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Rua de pobre não carece asfalto:
pobre não tem automóvel...
Rua de pobre não carece luz:
pobre deita cedinho...
Não precisa também numeração:
não vem carteiro, não vem telegrama, não passa lixeiro.
Rua dos abandonos
O trecho do livro "Enquanto espero as rosas" Marilita Pozzoli , Ed. Henriqueta Galeno, de 1969, Fortaleza-Ceará. Se encaixa muito bem a realidade atual da Rua da cachoeirinha da 31 de março em Ubatã.
Onde os moradores sofrem com mato alto e clamam por uma passarela digna, para atravessar o rio água branquinha.
O Site Ubatã Sul Notícias foi conhecer de perto o drama dos moradores da rua cachoeirinha e ouviu atentamente as suas reclamações:
"A gente aqui é esquecido nessa (pinguela) é feio chamar a rua assim, né!?
Pois então, os políticos já estiveram aqui, já sabem do nosso sofrimento prometeram fazer uma ponte que até hoje não chegou!
Tem muitas crianças e gente idosa que já caiu nesse rio (podi), eu mesmo já cai e tive que voltar para casa e trocar de roupa, Olha só se isso é vida de quem é trabalhador!
Ano de eleição é esse ano, né? Ai eles chegam com a cara de B** para pedir voto."
Disse... o morador da rua senhor Josafá Pinheiro, conhecido como Josá.
Outro morador que curiosamente é filho de um vereador da cidade, também reclamou da falta de atenção dos governantes:
"Aqueles milhões que eles anunciaram nos outdoors, se fosse eu que pegasse naquele dinheiro fazia todas a pontes que a cidade precisa e ainda limpava todo o rio Água Branquinha.
Disse...
O próprio morador chegou a gravar um vídeo mostrando o que acontece com a frágil ponte de madeira improvisada por eles, quando a chuva é muito forte.
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